Fornos de Algodres é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, na região do Centro (região das Beiras) e sub-região da Serra da Estrela, com cerca de 1600 habitantes.

Fornos de Algodres situa-se numa encosta virada ao vasto horizonte por onde passa o idílico vale do Mondego e que avança até às alturas da Serra da Estrela.

No início da Nacionalidade as Terras de Algodres eram reguengos da Coroa e abrangiam cinco concelhos (Algodres, Figueiró da Granja, Infias, Matança e Casal do Monte) que foram extintos em 1836 e englobados no atual concelho de Fornos de Algodres.
O concelho de Fornos de Algodres recebeu o primeiro foral de D. Sancho I, no ano de 1200, exercendo a sua esfera de influência e supremacia sobre os restantes concelhos durante vários anos. A 6 de março de 1311 viria a receber novo foral de D. Dinis e, posteriormente, em 20 de maio de 1541 de D. Manuel I, sendo estes forais igualmente concedidos a Fornos.
Fornos tomou o designativo de Algodres, dando continuidade aos foros e tradições herdadas.

Situado entre os concelhos de Trancoso, Celorico da Beira (a Nascente), Aguiar da Beira (a Norte), Gouveia (a Sul), Penalva do Castelo e Mangualde (a Poente), o concelho de fornos de Algodres distingue-se por possuir um vasto património histórico-cultural legado por sucessivas épocas e civilizações que ocuparam o território.
Desse património destacam-se os Dólmens, os Castros e outros povoados pré-históricos, como a Fraga da Pena; as Necrópoles medievais; as calçadas, as pontes romanas, os pelourinhos, oferecendo um conjunto diversificado de testemunhos do passado a que se junta uma arquitetura rural de várias épocas de palacetes dos séculos XVII e XVIII, que se misturam com casario típico e alguns monumentos religiosos de grande interesse histórico.

A este quadro se associam outras potencialidades que enriquecem grandemente o património concelhio:

– os recursos naturais, designadamente a sua excelente paisagem natural com montes agrestes e vales profundos proporcionando panoramas e perspectivas de rara beleza com ambiente de sossego e tranquilidade e ao mesmo tempo de aventuras e descoberta;
– um clima particularmente chuvoso no Inverno oferecendo temperaturas baixas contrastando com Verões quentes e cheios de sol;
– a riqueza da sua gastronomia com prazeres e sabores únicos experimentados particularmente nos enchidos e no afamado queijo da Serra;
– o artesanato (olaria, tamancaria, latoaria, cestaria, rendas e bordados).

Fornos de tem na Agricultura (batata, centeio, culturas forrageiras videira, oliveira), na floresta (madeira em toros e para pasta e extração de resina e pinheiro) e na pecuária (gado ovino e caprino) as suas grandes fontes de riqueza.

Algumas personalidades naturais da Freguesia:

António Bernardo da Costa Cabral, nascido a 9 de maio de 1803, em Fornos de Algodres.
Advogado, político liberal e Grão-Mestre da Maçonaria em 1814, António Bernardo da Costa Cabral marcou a história portuguesa pelo governo que liderou durante 4 anos e pelas reformas do Código Administrativo (1842).

António Menano, nascido a 5 de maio de 1895, em Fornos de Algodres.
Notabilizou-se pelo timbre inimitável e único da sua voz, tendo sido reconhecido como o grande renovador do Fado Coimbrão, servindo de “Mestre” aos seus companheiros e às gerações futuras.

Orago: São Miguel
Feriado Municipal: 29 de setembro