PRESIDENTES DA JUNTA DE FREGUESIA DE FORNOS DE ALGODRES

Breve História

 

Reverendo Luís Augusto de Sá e Melo 1901 a 1909

Natural de Fornos de Algodres, rezava Missa na Igreja da Misericórdia.

A Igreja Paroquial estava interdita devido às lutas Liberais e Miguelistas.

Último presidente da Junta de Freguesia do tempo da Monarquia Portuguesa, viveu o assassinato do rei D. Carlos e do Príncipe Real D. Luís Filipe.

Em 1902 é inaugurado o Mercado Municipal Conselheiro Lopo de Abreu, na época o melhor do Distrito da Guarda. Era irmão do Sr. Pedro Ruas e deixou 3 filhos. A sua casa que hoje pertence a um seu neto, Paulo Sá e Melo é o n.º 18 da Rua de S. Salvador.

 

 

 

Manuel José Gouveia 1910 a 1913

Presidente da Junta de Freguesia no fim da Monarquia Portuguesa, e da proclamação da República em 5 de Outubro de 1910, com o Governo Provisório da República, presidido pelo Dr. Teófilo de Braga, era natural de Fornos de Algodres.

Em 24 de Agosto de 1911 é proclamado o 1.º Presidente da República Portuguesa o Dr. Manuel de Arriaga.

Professor do Ensino Primário, a sua casa situava-se onde é hoje o Largo do Bombeiros n.º 5, para Norte, e a parte sul para o Largo João de Deus, onde se situava a sua escola. (um dos seus alunos foi o Sr. Salvador Caetano sogro do Sr. José da Costa e Melo, que viria a ser Presidente da Junta de Freguesia de Fornos de Algodres nos anos de 1990 a 1993).

Juntamente com o Sr. Evaristo Alves Rodrigues, dono de uma farmácia que existiu na Rua Conselheiro Lopo Abreu e com o Sr. João Lonas, fundaram em 02 de Janeiro de 1903 de “carácter popular” o Grémio Recreativo Fornense, onde, em 29 de Dezembro de 1948, por decisão dos sócios foi constituída a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de fornos de Algodres.

Ainda hoje existe no Quartel dos Bombeiros Voluntários desta vila uma fotografia com o Sr. Manuel José de Gouveia, Sarmento Beiras e Brito Pais comemorando o Raid Aéreo Lisboa – Macau.

 

 

 

Francisco Rodrigues 1914 a 1918

Natural de Fornos de Algodres, tinha a profissão de Alfaiate.

Era conhecido como Sr. Chico do Ródão, visto ter nesse sítio algumas propriedades. (Uma delas foi mais tarde vendida a Fernando Moreira Costa (Balaia).

Era proprietário das casas que hoje existem na Rua Dr. António Menano com o n.º 12 e 14, tendo o seu filho António de Almeida Gil explorado uma padaria no n.º 12 da mesma rua.

Durante o tempo como Presidente da Junta, Portugal entra na 1ª Grande Guerra, tendo alguns mancebos da vila e do Concelho de Fornos, feito parte do Corpo Expedicionário Português (C.E.P.) em França, nos campos da Flandres e em África devido aos territórios Portugueses de Angola e Moçambique.

Alguns dos mancebos da Vila de Fornos que fizeram parte do Corpo Expedicionário Português me França:

 – António Júlio

– Fernando Ferreira (Pascoal)

– António Sousa (Parracho)

– Jaime Pina (Megio)

– Alberto Coelho Felício

– Francisco Miguel Ferreira

 – José Augusto Felício

– Manuel Nunes

Graças a Deus todos os mancebos do Concelho de Fornos regressaram com vida.

 

 

 

Manuel de Melo 1919 a 1922 e de 1926 a 1930

Natural de Nave de Haver, era filho de um Guarda Fiscal. Veio para Fornos de Algodres como professor do Ensino Primário.

A sua escola situava-se na Rua da Torre n.º1, frente ao Solar dos Albuquerques. Mais tarde a escola passou a ser no 1.º Piso da Junta de Freguesia.

Na antiga escola foi instalada a Estação dos Correios. Foram os seus alunos o Sr. António Melo (Mil Homens) ainda vivo??, o Sr. António Augusto Fonseca (Lancia), e o Sr. José Gomes (Zé Casaca), ambos já falecidos.

Em 1919 é proclamada nesta Vila de Fornos de Algodres a Monarquia do Norte. O General republicano Hipólito, estabeleceu o seu quartel-general na casa Sá Osório em Celorico da Beira e bombardeia a vila de Fornos.

A população refugia-se nas aldeias a norte do Concelho. Em 1926 deu-se a chamada Revolução Nacional chefiada pelo General Gomes da Costa. Começa o Estado Novo. Foi casado com a Sr.ª D. Balbina Melo de Vila Soeiro do Chão, e pai do Sr. Toninho Melo, Sr.ª Balbina e do Sr. Alberto de Vila Soeiro do Chão.

 

 

 

Duarte de Pina Pacheco 19023 a 1925

Natural de Fornos de Algodres, tinha a profissão de duradouro.

Trabalhou alguns anos em Viseu na restauração de altares e de obras sacras. Foi casado com Sr.ª D. Frederica, irmã do Sr. José David Ferreira D`Abreu, que foi durante alguns anos Provedor da Santa Casa da Misericórdia e do Hospital.

A sua casa situava-se onde hoje é o n.º 6 da Rua de São Salvador.

 

 

 

 

 

António Lopes Lagarto 1931 a 1940

Natural de Fornos de Algodres, era Comerciante e Industrial de Madeiras.

Tinha um armazém de loiças e mercearia na Estação – Gare de Fornos de Algodres, chamada “Casa Lagarto”, e uma serração em Algodres.

Mais tarde a serração passou a funcionar na Estrada Nacional 16 em Fornos de Algodres.

Em 28 de Fevereiro de 1932 foi inaugurada com a assistência do Governador Civil e do Secretário do Ministério do Comércio, a Cabine Telefónica. À noite houve um banquete de 60 talheres, no Salão do Paço Municipal, com vários discursos. E no mesmo ano foi posta uma cabine na Estação – Gare.

Com pompa e circunstância foi inaugurada em 23 de Abril de 1933 a luz eléctrica, presidida pelo Ministério das Obras Públicas. O Bispo de Viseu benzeu a cabine e houve Te Deum na Igreja Paroquial. De Lisboa veio um avião que sobrevoou a Vila de Fornos e o Concelho.

O Presidente da Câmara na altura era o Sr. Tenente Coronel Alexandre Abreu Castelo Branco. Em 1935 começa a Guerra de Espanha. Devido à proximidade com Espanha, corre o boata nesta Vila, que os comunistas vão entrar pela fronteira de Vilar Formoso, e que o Salazar vai mandar tropas, a população entra em pânico.

A 1 de Setembro de 1939, às 04h45 da manhã a Alemanha invade a Polónia. Começa a 2.ª Guerra Mundial. Portugal não vai fazer parte desta Guerra. Salazar mantém, mercê de uma hábil política, a neutralidade de Portugal, sem prejuízo da aliança com a Inglaterra, apesar da ocupação de Timor pelos Japoneses que é restituído a Portugal após o termo do conflito.

Mesmo assim, Salazar manda tropas para os territórios Ultramarinos. Alguns rapazes de Fornos seguem para África nomeadamente para Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Foi casado com a Sr.º D. Natália Carvalho Seixas Lagarto, natural de Algodres.

 

 

 

Américo Sequeira Moreira 1941 a 1959

Natural de Fornos de Algodres. Era Industrial de Tamancaria.

Começou primeiro com uma tamancaria na Rua da Torre, passando depois para a Rua da Amoreira, e mais tarde em 1958, fundou com os seus filhos um armazém de mercearia na Rua Dr. António Menano, nas Escadinhas do Mercado.

Era correspondente da maior parte dos Bancos da época, tinha o depósito de refrigerantes da Cuf.

Na época da 2.ª Grande Guerra houve nesta Vila de Fornos de Algodres e no Concelho uma corrida desenfreada à extracção de minério, como o estanho, volfrâmio e urânio.

Muitas pessoas tinham concessões outras trabalhavam na exploração do mesmo. Havia minério em Fornos de Algodres (Ródão), Matança, Algodres, Furtado, Casal Vasco, Figueiró da Granja, Maceira e Juncais.

Em Maceira a exploração era feita por uma companhia Inglesa no lugar do Mineral. Ainda hoje em Maceira existe uma casa que o povo chama “A Casa dos Ingleses”, que hoje pertence ao Sr. Artur António Fonseca.

Era casado com a Sr.ª D. Feliciana da Costa Flor, natural de Fornos de Algodres.

 

 

 

Germano Rodrigues da Cunha 1960 a 1974

Natural de Aldeias no concelho de Gouveia, emigrou para Angola onde trabalhou alguns anos.

Por motivos de saúde regressou a Portugal vindo-se a estabelecer como comerciante em Fornos de Algodres.

Em 1961 começa o 1.º Ataque no norte de Angola à soberania Portuguesa nas Províncias Ultramarinas. A união Indiana ocupa os territórios Portugueses de Goa, Damão e Diu.

As lutas de guerrilha, começa também em Moçambique e na Guiné. Em 1970 morre o Professor Doutor António de Oliveira Salazar.

Foi no seu mandato que na madrugada de 25 de Abril de 1974 dá-se a evolução que ficou conhecida pelo Movimento das Forças Armada. Era casado com a Sr.ª D. Alice Cunha e a sua casa era o n.º 1 da Rua Marquês de Tomar.

 

 

 

António da Costa 1975 a 1976

Natural de Fornos de Algodres, era Industrial da Serralharia Civil.

Período vivido intensamente pelo povo, visto haver sessões de esclarecimento feitas por militares, que visitaram todas as freguesias do concelho de Fornos de Algodres (PREC).

Neste período foram preparadas as primeiras eleições livres para os Órgãos de Freguesia.

É reconhecida a Independência dos territórios ultramarinos de Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Milhares de Portugueses que viviam nos antigos territórios de África, regressam a Portugal.

Era casado com Sr.ª D. Teresa Andrade, natural de Fornos de Algodres.

 

 

 

José Maria Lucas Cabral 1977 a 1985

Natural de Santa Comba de Seia, Concelho de Seia, emigrou para Angola, onde trabalhou alguns anos, regressando a Portugal em Julho de 1975 tendo-se estabelecido como comerciante nesta vila.

Foi o primeiro Presidente da Junta de Freguesia a ser eleito em eleições autárquicas livres.

Eleito pelo Partido Social Democrático.

Está casado com a Sr.ª Prof.ª Maria Amélia Santos Cunha Cabral, natural de Angola e filha do antigo Presidente da Junta de Freguesia, Sr. Germano Rodrigues da Cunha.

 

 

 

José Gomes 1986 a 1989

Era natural de Fornos e Algodres.

Funcionário da Câmara Municipal de Fornos de Algodres, chefiou a secretária da Câmara de Aguiar da Beira, mais tarde Tesoureiro da Câmara Municipal de Gouveia, vindo a reformar-se como Chefe de Secretaria da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa.

Em 1 de Janeiro de 1986 Portugal aderiu à União Europeia. Foi eleito pelo Partido Social Democrático. Era casado com sua prima Antónia de Jesus Andrade, natural de Maceira.

 

 

 

José da Costa Melo 1990 a 1993

Natural de Fornos de Algodres. Muito novo trabalhou na farmácia da Beira do Sr. Dr. Lucas de Carvalho como aprendiz. Mais tarde aos 15 anos foi trabalhar como dactilografo no Cartório do Sr. Dr. António Rodrigues.

Ingressou nos quadros dos CTT, trabalhando durante cinco anos em Gouveia e em Fornos de Algodres, onde se reformou.

Foi regente da Banda Filarmónica de Fornos de Algodres. Eleito pelo Partido Social Democrático.

Foi casado com a Sr.ª D. Maria da Conceição Viçoso Caetano Melo, natural de Fornos de Algodres.

 

 

 

 

António Monteiro da Silva 1994 a 2008

Era natural de Fornos de Algodres, aos 14 anos foi para Aveiro trabalhar no ramo de hotelaria.

Com 20 anos vai ara Moçambique cumprir o serviço militar. Ingressou nos Caminhos de Ferro de Moçambique, na carreira de factor, passando mais tarde a Chefe e Estação. Regressou a Portugal em 1975.

Em 1976 entrou como funcionário da Câmara Municipal de Fornos de Algodres. Reformou-se em 1993 como encarregado de pessoal. Foi Presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Fornos de Algodres e Vice-Presidente da Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres.

A 1 de Janeiro de 2002, o euro começou a circular, substituindo o escudo. Foi eleito pelo Partido Socialista. Era casado com a Sr.ª D. Maria de Lurdes Gouveia Silva, natural de Fornos de Algodres.